Uma questão de atitude

 Temos à porta mais um momento de grande importância no processo de ensino e de aprendizagem. Chegamos ao fim do 1º período lectivo e é tempo de reflectir, de avaliar, de obter respostas e, eventualmente, reformular opções. Neste processo, destaco um aspecto fundamental para o sucesso desta etapa: a sua atitude.
Recordo-lhe que é um(a) profissional e este aspecto obriga-o(a) a  saber o que está a fazer, e sobretudo, a razão porque o faz. Encontre sentido naquilo que faz, naquilo que diz e naquilo que escreve. Seja exigente consigo mesmo(a). Seja honesto(a) e valorize as falhas que encontra na sua prática ao ponto de ter a coragem de (re)fazer, de mudar de rumo, de reformular, mas isto, sem desperdiçar a sua energia em queixumes pelo trabalho que isto implica!  Permita-se a satisfação de saber que está a crescentar algo de válido ao seu desempenho.  Olhe para si!
É um(a) entusiasta? Ou, pelo contrário, arrasta-se no sentido da corrente?
A sua atitude demonstra um(a) profissional proactivo(a) na procura do sucesso da instituição em que trabalha? Ou, pelo contrário, representa para ela, apenas um peso morto?

Estou a ser, propositadamente, muito clara. Não, dura. Cabe aqui esta clarificação para quem, neste momento, já se questionou quanto ao sentido desta mensagem. 
 A Escola actual já não se pode dar ao luxo de ter pesos mortos, pois esses não contribuem para o sucesso da mesma. Entenda-se, sucesso, como algo abrangente, com consequências em todos os sectores da Escola. E quem são os pesos mortos?  São Aqueles, cuja passagem pela Escola, não deixa vestigios de contributos positivos. Aqueles que só andam, quando são arrastados. São aqueles que não acrescentam valor à Escola.
A Escola, hoje, mais do nunca, precisa de aventureiros, de entusiastas, de profissionais capazes de encontrar sentido nas acções que promovem  mudanças. Pessoas capazes de se entusiamar com projectos que visem melhorias, pessoas que abracem com satisfação propostas que apostam no sucesso das práticas educativas e pessoas que se preocupam com resultados. Pessoas que saibam trabalhar em equipa e o façam com boa disposição.
Qual é a sua atitude?

6 comentários:

Cristina Lares disse...

Albertina

Como sempre uma clareza de ideias...fantástico este post.
Felizmente, sem querer ser demasiado pretensiosa ou ambiciosa nem por sombras me considero um peso morto!! Ainda sou daquelas que não se arrependeu nunca da profissão que escolheu. Mesmo mais longe de casa do que vinha sendo hábito continuo a gostar de ir trabalhar. Contra ventos e marés!!
Bjitos e bom trabalho.

rosarinho disse...

Este post está fabuloso, claro e objectivo e convida a uma reflexão, todos os profissionais.
Obrigada.

Paula Duarte disse...

Adorei a sua reflexão, precisamos sempre de motivação para andarmos para a frente, mas nunca nos esquecendo do que vai ficando para trás.É que realmente a nossa profissão só faz sentido quando sabemos avaliar o positivo e o negativo só assim podemos melhorar.

Albertina Pereira disse...

Agradeço os vossos comentários. Realmente, é preciso sabermos que papel queremos desempenhar e agir em conformidade, tendo por certo, que qualquer que seja a nossa opção, terá um impacto. Já agora, optariamos pela utilidade! :)

Anónimo disse...

Albertina, o seu texto está excelente e realmente leva-nos a reflectir sobre muita coisa. Uma delas é sobre a necessidade de repensarmos a nossa atitude na educação, outra é sobre os pesos mortos existentes nas instituições e na educação que se vão acomodando à espera que alguém os arraste. Esses pesos mortos, conheço alguns e são sempre muito organizados, são aqueles que têm o dossier de uns anos para os outros, sempre dividido por temas e com os trabalhos prontos para realizarem sempre com todos os grupos da mesma maneira. Pois, eu por acaso não me considero um peso morto, pois encontro a cada dia falhas que têm que ser corrigidas e novas metas para alcançar. Para mim, a experiência leva-me a uma transformação no meu trabalho, dá-me vontade de saber e de experimentar coisas novas, de ouvir a opinião das crianças, de querer crescer sempre cada vez mais e de partilhar sempre com colegas como vocês, que são tudo menos pesos mortos.
Carla Santos

Luisa Fernandes disse...

Directa, objectiva e certeira como é hábito.Parabéns por mais esta excelenta reflexão, a qual nos obriga também a olhar com outros olhos para aspectos que povoan a nossa mente mas que depois ficam por lá escondidos. Não deixa de ser interessante, como á medida que vamos lendo, vamos dando caras, quer aos "entusiastas", quer aos "pesos mortos" com quem trabalhamos todos os dias.

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